Ghost Love: Parte 2

Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais Ghost Love. Espero que gostem! :)

Vincent: Deixe para lá. Você fez o que eu pedi?
Christine: Eu sinto muito! Eu acho que eu só queria, um, esperar por você primeiro.
Vincent levanta uma sobrancelha. Ele empurra o manuscrito em minha direção e se inclina em minha direção.
Vincent: Então vamos dar uma olhada juntos.
Christine: Ah! Sim! Vamos, um, fazer isso!
Yikes. Eu não esperava ele ficar perto! Para ser honesta, é meio...
-Intimidador.
-Fofo. {Escolhido}
Kyle: Ei... ele está flertando com você?
Eu tento balançar minha cabeça sem Vincent perceber, mas Kyle não parece ver, também.
Kyle: Ei, não me ignore.
Kyle provocantemente fica zangado e cruza seus braços.
Vincent: Então, essa história é de uma autora que já escreveu para nós antes. O estilo de escrita dela é um pouco previsível, mas ela é confiável. É adequado. Nós estamos assumindo um projeto mais fácil só para lhe mostrar como é o processo.
Christine: Certo! Isso parece bom.
Eu tento manter um olho em Kyle, quem começa a reorganizar os suprimentos na mesa de Vincent.
Vincent: Então, pelas próximas duas semanas, nós teremos isto para edição de cópia. Gramática e erros de continuidade.
Christine: Entendi.
Eu sorrio para ele, mas ele se vira para pegar uma caneta de sua mesa.
Vincent: Eu, eu poderia jurar que eu...
Kyle ri enquanto as sobrancelhas de Vincent se enrugam em confusão. Eu tento gesticular para Kyle parar enquanto as costas de Vincent estão viradas. Mas Vincent rapidamente move as canetas de volta ao lugar certo e pega uma vermelha.
Vincent: Bem, como eu estava dizendo, nós vamos passar por isso e editar. Assim.
Ele gesticula para eu observar enquanto ele examina a página, ocasionalmente circulando algo e tomando notas. Para meu constrangimento, Kyle começa a se divertir movendo algo da mesa de Vincent novamente. É claro, Vincent não percebe até se virar novamente mais tarde. Confusão se espalha por seu rosto. Eu estou achando que ele normalmente é muito organizado com suas coisas.
Vincent: Eu tenho certeza que... um... deixa para lá.
Vincent balança sua cabeça e nós continuamos a olhar o manuscrito por aproximadamente meia-hora. De vez em quando, eu olho para Kyle, quem parece estar ainda mais inquieto.
Vincent: Eu acho que você pegou a ideia. Você não tem que se preocupar em terminar isso, no entanto. Eu farei o resto das edições em meu próprio tempo. Eu tenho outra tarefa para você fazer.
Kyle: Finalmente. Talvez eu possa te ajudar com essa, Christine.
Kyle senta em cima da mesa, de pernas cruzadas. Ele sempre era um pouco de palhaço da sala na escola. Eu acho que ele desejava a atenção às vezes. Ser ignorado deve ser meio que uma punição cruel.
Vincent: Agora, esse trabalho não é divertido, mas é necessário para uma nova recruta.
Christine: Bem, eu farei meu melhor!
Vincent: Eu sei que você consegue.
Vincent sorri um pouco. Eu não tenho certeza se ele está genuinamente sendo gentil, ou se está me provocando. Ele alcança debaixo da mesa e tira uma pesada caixa cheia de papéis soltos.
Vincent: Você organizará estes. Nós não precisamos da maioria disso, mas algumas coisas deveriam ser arquivadas de qualquer maneira.
Christine: Espere, o quê? Isso é uma tonelada... Como eu deveria saber?
Vincent: Eu te darei alguns exemplos. Nós precisamos daqueles com esse rótulo aqui.
Kyle: Eu posso ajudar, Christine. Isso parece um monte de trabalho.
Christine: Obrigada, Kyle, mas não... Eu tenho que fazer isso.
Vincent: O que foi isso?
Kyle finge amuar a isso. Em retorno, ele começa a fazer piada, ficando de pé na mesa de Vincent. Eu não posso evitar ficar distraída. Eu acho que esse é o plano dele enquanto ele anda esquisito, imitando Vincent.
Kyle: Oops!
Antes que eu possa pensar, ele pisa errado e começa a cair. Instintivamente, eu arfo e me levanto, pulando na direção dele. ...E é claro, a caixa metade-organizada em meu colo derrama no chão.
Vincent: Christine, o que aconteceu?! Você está bem?
Christine: S-sim... Eu só pensei que, um, vi alguma coisa...
Como esperado, Kyle se levanta bem. Eu não acho que fantasmas podem se machucar. Mas eu repentinamente pulei na direção dele quando pensei que ele estava em perigo.
Vincent: O quê? Você só pensou que viu... alguma coisa?
Ótimo. Vincent estreita seus olhos, e ele parecem realmente irritado agora.
Vincent: Você espera que eu arrume seus acidentes o tempo todo? Se você quer trabalhar aqui, precisa ser mais séria sobre isso. Mais responsável. Você precisa—
Moça do Escritório: Vince! Não seja tão cruel.
Uma gentil moça mais velha entra no escritório bem naquele momento, repreendendo Vincent como uma mãe faria.
Moça do Escritório: Você sabe que fez o mesmo exato erro em seu primeiro dia. Tão nervoso, você estava tremendo. Você derramou todos os papéis! Hahaha.
Imediatamente, Vincent ruboriza. É estranho ver esse lado dele — Eu achei que ele era tão equilibrado.
Moça do Escritório: Seja legal com a nova garota, Vince. Você nunca sabe o que ela se tornará.
Ela sorri e cutuca o ombro dele, para nosso embaraço.
Vincent: S-sim, eu serei. Não se preocupe comigo, Sue.
Vincent tenta agir como uma autoridade severa novamente, mas agora ele só parece nervoso. A moça do escritório se vira para mim e sorri.
Moça do Escritório: Você é sortuda por ter esse pequeno garanhão trabalhando com você! Ha, ha...
Kyle: Sim, certo, senhorita.
Christine: Um, obrigada, Sue.
Sue: Colega. Idade: 35. Altura: 1,60m.
Ela ri e vai embora, e eu volto a trabalhar com esse ar desconfortável. ...Isso é mais ou menos como o resto do dia passa. Cada momento é ocupado, entre tentar deixar Vincent feliz e Kyle em cheque. Reconhecidamente, é um pouco cansativo. Mas é a primeira vez num tempo que eu me diverti tanto.
Vincent: Parece que seu dia acabou.
Vincent aponta para seu relógio.
Vincent: Apenas não se atrase da próxima vez.
Christine: Eu não vou. Prometo!
Eu aperto sua mão e o agradeço por me ajudar hoje.
Vincent: Não se preocupe com isso. Como eu disse, é apenas meu trabalho.
Kyle: Hmph, babaca.
Christine: Kyle!
Vincent: Hm?
Christine: Oh! Nada! Tenha uma boa tarde!
Eu rio nervosamente e saio correndo do escritório, Kyle me seguindo. O pôr do sol acabou de começar – as nuvens estão pintadas de laranja. Parando para olhar, eu me pergunto se deveria andar até em casa para admirar a tarde. Pode demorar um pouco para voltar, mas Kyle e eu poderíamos ter tempo para conversar.
-Pegue o ônibus e poupe tempo e energia.
-Ande de volta e converse com Kyle. {Escolhido.}
Kyle: Parece bom para mim! Eu estive querendo conversar com você o dia inteiro.
Kyle iguala meu ritmo enquanto nós andamos lado a lado pelo caminho. Seu corpo claramente não é pesado normalmente. Ele levemente flutua com cada passo. Isso me lembra de quando éramos crianças – quando ele ainda estava vivo. Ele sempre foi tão... animado.
Christine: Certo, então. Você tem muito a explicar.
Kyle: Bem, desculpe por te decepcionar, então, mas eu não sei muito de verdade.
Ele me dá um sorriso acanhado.
Kyle: Eu morri. Eu me lembro disso claramente. E de acordo com o que você disse, isso foi o quê – há 5 anos?
Christine: Sim, isso mesmo.
Kyle: Uma vida por uma vida... amor nunca morre. Você... fez um desejo, não fez?
De repente, Kyle se vira, me olhando direto nos olhos. Ele está sério. Mas de algum modo isso me deixa bastante envergonhada.
Christine: Eu...
Bem na hora, algo trota bem entre nós. É a gata preta – a mesma de antes.
Kyle: Ei, é você!
Kyle a pega no colo, e ela não parece se importar. Ela mia tentativamente.
Kyle: Eu vi essa gata mais cedo. Ela estava em meu sonho. Eu a segui por um túnel com uma luz forte – e no fim dele, você estava lá.
Christine: Espere, o que você quer dizer? Você não está pulando um monte da história? E sobre – depois de você ter morrido? Você foi para o céu? Tinha alguma coisa lá?
Kyle acaricia a gata em seus braços, retornando ao meu lado com um suspiro.
Kyle: Eu honestamente... não consigo me lembrar. Quando eu cheguei em seu quarto, pareceu que eu estava acordando de um sonho.
Ele sorri tristemente agora.
Kyle: E depois de ter acordado, agora tudo está... mudado.
Christine: Ei, eu sinto muito... isso deve ser terrível.
Kyle: Nah. Eu estou grato. Eu estou feliz que o mundo superou, sabe?
Ele olha de volta para mim, mas eu não tenho certeza se consigo encontrar seu olhar.
Kyle: De qualquer maneira, é incrível ter outra chance novamente. Há tanto que eu quero fazer!
A gata se mexeu para fora de seus braços, dá a ele um olhar gentil, e sai trotando.
Christine: Você está certo. Se esse é o caso, eu quero te ajudar. Pelo menos enquanto você está aqui.
Ele olha para mim com gratidão. Ainda, eu não posso evitar sentir um amargo pingo de culpa. Não era eu que estava planejando esquecer sobre ele bem ontem? Olhar o rosto de Kyle me faz sentir tão conflituosa. Eu estou feliz de vê-lo, mas não posso evitar esse sentimento. O jeito que ele sorri, é bem como naquele dia fatídico...
...Era nosso último ano. Eu era realmente inocente. Naquela hora, eu estava construindo a coragem para confessar meus sentimentos a Kyle. Ele não sabia como eu me sentia, mas eu queria dizer a ele antes de nos graduarmos. Então eu o convidei para o parque numa noite de quinta-feira. Eu estava planejando explicar tudo para ele então. Como eu tinha tido uma queda por ele por anos. Mas quando eu cheguei lá, ele já tinha chegado. E ele estava lá com outra garota. Então, a estúpida adolescente que eu era, eu corri para casa sem uma explicação. E eu ignorei as ligações de Kyle. Na manhã seguinte, eu o deixei para trás no caminho para a escola, embora nós geralmente andávamos juntos. Eu pensei que era justificado, que eu estava apenas fazendo algum tipo de vingança mesquinha. Kyle seguiu atrás de mim aquela manhã. E eu apenas continuei correndo. Quando nós chegamos na rua de travessia bem antes da escola, ele chegou lá um momento tarde demais. Eu ouvi um barulho, então me virei. Nossos olhos se encontraram. E ele sorriu para mim uma última vez – bem quando o carro atingiu seu corpo. Aquela imagem me bagunçou por anos. O momento que Kyle se foi, tudo de uma vez. Eu sempre soube que era minha culpa.
Logo, nós chegamos de volta ao apartamento. O tempo pareceu desaparecer. Mas quando nós nos aproximamos da porta, eu alcanço em meu bolso... e percebo algo.
Christine: Meu... meu celular. Não está aqui.
Kyle: O quê? Sério?
Christine: O que eu vou fazer...?
Kyle: Eu quero dizer, você pode apenas pegá-lo amanhã. Talvez nós podemos conversar mais, esta noite.
Christine: Sim, mas Vincent me queria de plantão o tempo todo, só por precaução. Eu não sei.
Kyle: Bem então, a escolha é sua...
-Eu pegarei amanhã.
-Eu pegarei agora. {Escolhido.}
Não, eu preciso ser uma trabalhadora responsável. Eu vou pegar se puder.
Christine: Kyle, você pode entrar primeiro. Eu vou voltar ao escritório.
Kyle: Huh? Você tem certeza?
Christine: Sim, eu vou pegá-lo. Eu não quero que Vincent me veja falhar novamente. Eu quero estar de bem com ele depois de hoje, sabe.
Kyle: Meh, certo. Só tenha certeza de voltar esta noite.
Christine: Ei, o que isso significa?
Kyle sorri e fecha a porta.
Christine: (Eh, tanto faz. Eu provavelmente terei uma chance de conversar com Kyle mais tarde.)
Tem outro ônibus esta noite, então eu entro.
Christine: (De volta ao escritório novamente...)
Na carona de ônibus, é quieto, dando-me espaço bem-merecido para sentar com meus pensamentos.
Christine: (Hoje foi definitivamente estranho... Vendo Kyle novamente... falando com seu fantasma... Eu espero não estar ficando louca.)
Vincent foi provavelmente a coisa mais normal do meu dia. Eu não sei se isso o faz entediante, ou talvez confortante...
Christine: (Ainda, eu acabei de conhecê-lo. Quem sabe se isso é como ele realmente é, de qualquer maneira.)
Em breve, a carona de ônibus acaba, e eu me encontro voltando na direção do escritório.
Christine: (Parece diferente no escuro. Espere... já tem alguém lá?)
Inclinado na frente da porta, mãos em seus bolsos, está Vincent.
Christine: Vincent?
Vincent: Ei, Christine.
Ele abre a porta para mim e nós entramos. Algo parece muito mais casual sobre ele. Talvez porque seja fora das horas de trabalho?
Vincent: Aqui, é seu telefone. Eu achei que você tinha perdido.
Christine: Uau! Espere, como você sabia? Obrigada?
Christine: (Eu espero que ele não saiba que eu o deixei destravado... é melhor ele não ter olhado!)
Vincent: Bem, enquanto você está aqui, quer um café? Deve também se aquecer antes de sair.
Christine: Claro, parece muito bom.
Ele me enche uma caneca e me entrega.
Vincent: Só se certifique de não derramar.
Christine: Eu não vou!
Ele sorri a isso, tomando um grande gole de café. Ele o bebe preto. Combina.
Christine: Eu acho que vou pegar creme.
Vincent: Eu posso pegar—oof—
Nós dois levantamos ao mesmo tempo, esbarrando um no outro. Felizmente nenhum café derrama desta vez, mas seu rosto bate em meu ombro com um barulho. Quando nós colidimos, seus óculos quadrados caem ao chão.
Christine: Vincent! Eu sinto muito, você está bem?
Vincent: Ah... sim... culpa minha.
Christine: (Uh... Whoa.)
Talvez eu seja uma terrível pessoa por pensar nisso, mas... Vincent parece super legal sem seus óculos?! Bem, talvez não enquanto ele está ajoelhado no chão e procurando por seus óculos. Mas além de ser cego, seus olhos são muito mais... suaves sem aquelas molduras. Eu nunca percebi quão, um, legal ele realmente parecia.
Vincent: Desculpe, mas... você pode me ajudar aqui?
Christine: Oh! Sim! Claro!
Eu me inclino e procuro por seus óculos no chão. Certamente, eu os encontro rapidamente.
Christine: Peguei.
Vincent: Oh! Um, obrigado, Christine.
Ele os coloca de volta em seu nariz, e o Legal Vincent some. Ainda, ele parece um pouco envergonhado. De algum modo, isso o faz mais simpático. Menos um chefe assustador e estranho.
Vincent: Bem. Um.
Christine: Um, sim?
Vincent: Um, eu—
Um, um, um. Eu não posso evitar rir algo ao quão desconfortável nós somos. Felizmente, ele retribui, e o clima relaxa um pouco.
Christine: O que é?
Vincent: Hah... Eu estive querendo te perguntar. Por que você quer ser uma editora? Por que você escolheu este lugar?
Huh. Essa é uma ótima pergunta. Por que eu estou aqui?
-“Histórias são minha paixão. É por isso que eu escrevo e edito.”
-“Eu quero ajudar a contar as histórias dos outros. Eu posso fazer os sonhos deles realidade.” {Escolhido.}
Vincent: Ei, eu também, sabe.
Ele sorri para mim. Eu estou quase assustada por quão legal ele está sendo. Embora, eu não esteja reclamando.
Vincent: Eu tenho que admitir, ser um editor foi uma escolha difícil para mim. Eu vim de um passado STEM. Eu sabia que não haveria dinheiro nesse campo.
Ele toma um gole de café e desvia o olhar com saudade.
Vincent: Mas algo... mudou na minha vida. E depois disso, eu não pude apenas continuar sendo um contador. Eu queria fazer uma diferença para as pessoas. Ajudá-los a contar suas histórias.
Christine: O que mudou sua vida?
Vincent abaixa sua caneca, balançando sua cabeça, e a parede entre nós parece subir novamente.
Vincent: Não é algo que eu quero falar sobre agora.
Christine: Desculpe.
Vincent: Não, está tudo bem. De qualquer maneira, eu terminei aqui. Eu tenho sorte que consegui esse emprego. Mas, ainda... Eu trabalhei muito, muito duro para chegar aqui.
Ele me olha cuidadosamente.
Vincent: Bem, eu tenho certeza que você, também.
Nós conversamos juntos por aproximadamente mais 30 minutos. É estranho – embora nós sejamos tão diferentes, nós terminamos tendo muito o que concordar. Eu estou envergonhada por quanto eu aproveitei o tempo que passamos juntos.
Vincent: Então como você vai voltar?
Christine: Eu só terei que pegar o ônibus novamente. Ou se não, eu posso andar. Eu sou rápida, sabe! Como um coelho.
Vincent: Mm-hmm... Sim, não. Por que você não me disse antes? Eu posso dirigir.
Christine: Isso está bem mesmo?
Vincent: É claro! Venha.
Ele me guia para... um carro preto bem legal.
Christine: (Bem, ele era um contador antes, eu acho... mas quão velho ele é? Começo dos vinte?)
Com isso, nós partimos na noite. A carona é quieta, com exceção do leve rock tocando de seu rádio. Eu tenho certeza de dar a ele direções, mas eu também tento saborear o silêncio da tarde. Encostada no assento do passageiro, observando a luz das lâmpadas passando na rua. Isso me deixa em paz. Eu não tenho que me preocupa, pelo menos por enquanto. De algum modo, parece que eu posso confiar nele.
Esse é o fim da parte 2. Até a próxima! :)

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