Seduce Me 2: Matthew (parte 5)

Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais Seduce Me 2. Espero que gostem! :)
{Nota: Lembre-se que este jogo tem cenas adultas. Você foi avisado!}

Quando um conjunto de batidas apareceu em nossa porta, entretanto, Matthew e eu viramos nossas cabeças na direção do som.
Sam: OY!!! Hora de acordar!! Nós trouxemos rango!!
Carrie: Ugh, você pode não chamar disso?
Matthew e eu olhamos um para o outro antes de subirmos na cama, esquecendo que Simon estava nela. Eu deslizei pela cama e sentei, tentando fazer parecer que eu tinha acabado de acordar, enquanto Matthew tentava engatinhar, mas terminou fazendo Simon soltar um guincho pesado.
Matthew: GAHH!!!
Mais uma vez, Matthew caiu da cama e aterrissou no chão, soltando outro grito de dor.
James: Está tudo bem aí dentro??
Matthew: Estamos BEM!! Estamos bem...!
Simon, cacarejando ao erro de Matthew, subiu de volta à manta da lareira e se tornou um boneco mais uma vez quando eu limpei minha garganta.
Mika: Entrem!!
Quando a porta abriu, Matthew se jogou no colchão, colocando sua cabeça em sua mão como se tivesse completamente planejado se ajoelhar ao lado da cama quando seus irmãos e suas esposas entraram com pratos de comida em suas mãos. Damien e Twila, aqueles que estavam carregando pratos extras de comida, pararam e nos encararam com sobrancelhas arqueadas. Damien, é claro, olhou para a manta a Simon antes de sorrir e balançar sua cabeça, passando seu prato extra para Matthew.
Matthew: Valeu, irmão!
Damien: Não há de quê, Matthew.
Twila: Aqui está!
Mika: Oh! Obrigada!
Twila colocou seu prato extra em minhas mãos e sorriu antes de andar para um lugar vazio com Damien e comer. Nos pratos estavam frutas cortadas, pão, queijo, e algum tipo de carne seca. James e Sam, entretanto, foram os únicos que não começaram a saciar no que estava no menu.
James: Então, nós temos menos de uma semana para preparar para o Lorde Demônio.
Sam: Sabe, foda-se, mas eu estou empolgado para caralho por finalmente poder chutar a bunda dele até o chão.
Os outros irmãos pareceram concordar, até Matthew. Entretanto, eu estava presa no pesadelo que tive na noite anterior. Eu inconscientemente esfreguei meu pescoço, lembrando-me da sensação da coleira ao redor de meu pescoço. Fazer isso atraiu a atenção de Iridessa.
Iridessa: Ei, o que está errado? Você machucou seu pescoço?
Eu instantaneamente olhei para cima e encarei, vendo todos agora olhando para mim em curiosidade. Eu balancei minha cabeça violentamente, não querendo que ninguém soubesse o que tinha acontecido.
Mika: Eu estou bem! Eu estou bem!
As esposas pareceram não convencidas, mas assentiram de qualquer modo. Os rapazes, entretanto, focaram na batalha a nossa frente.
Erik: Então, nós planejamos treinar como geralmente fazemos?
James: Isso parece ser o melhor plano. Faz muito tempo desde que realmente lutamos numa batalha.
Twila: Vocês lutaram em uma antes?
Os rapazes, apesar da vergonha em seus olhos, assentiram lentamente em união.
Erik: Parte de nós vivendo no castelo de nosso pai envolvia receber o ocasional inesperado... “visitante”.
Sam: Caralho, cara, eu lembro que uma vez tinha esse grupo que só invadiu e tentou atacar o velhote, mas ele mandou James para cuidar deles. Eu nunca tinha visto James tão puto antes.
James: Isso foi porque eles ameaçaram incendiar o castelo se eu não me rendesse. Obviamente, aquilo estava fora de questão.
Erik: Bem, Sam, e quando você se meteu naquelas lutas com os generais do exército? Eles não estavam muito felizes com você sendo tão irritável com eles.
Sam: Eles ficaram convencidos e acharam que podiam me incomodar. Fodam-se eles e já vão tarde.
Quanto mais eu ouvia, mais as histórias de batalha pareciam mais sobre James, Erik e Sam. Damien, obviamente, ficou fora das lutas, mas e Matthew? Eu olhei para Matthew, vendo-o simplesmente comer sua comida, encarando seu prato. Ele não tinha nada para adicionar à conversa?
-“E você, Matthew?”
Matthew olhou para mim em surpresa, um pedaço de carne seca apertado entre seus dentes e lábios.
Matthew: Mmrmm?
Eu segurei uma risadinha pela visão, mas quando todos se viraram e olharam para Matthew, eu relaxei um pouco e esperei. Eu estava curiosa para ver se Matthew tinha quaisquer histórias próprias para contar. Para minha surpresa, Matthew engoliu a carne seca em sua boca e balançou sua cabeça.
Matthew: Nah... Eu não era do tipo lutador. Nunca fui, realmente.
Minha mente voltou a ele lutando contra Malix, e como ele conseguiu não apenas desviar da arma de Malix, mas também fazer queijo suíço do diabo em questão. Por que Matthew mentiria?
-Não pergunte sobre isso.
Eu não queria deixar as coisas desconfortáveis, especialmente se ele não tinha nenhuma história para compartilhar. Damien, entretanto, olhou para Matthew.
Damien: Matthew teve um par de lutas, também, se eu lembro bem.
Eu olhei para Matthew, vendo-o levantar sua cabeça para encarar Damien em choque com um pedaço de carne seca em sua boca.
Matthew: Nmmm mmmm dmmdmmt.
Sam zombou e cuspiu na lareira, fazendo todos nós olharmos para ele.
Sam: Mas que pedaço de merda, tampinha.
Matthew: Merda?! O que diabos isso quer dizer?!
Sam: Não se finja de idiota comigo! Eu me lembro de você massacrando uma gangue inteira de duendes porque eles olharam estranho pra sua mãe. Fui eu que tive que limpar aquela merda!
Eu repentinamente fiquei de olhos arregalados a Matthew, quem em turno encarou direto a mim com um franzido temeroso em seu rosto. Ele se meteu em lutas aqui? Eu acho que era esperado de um demônio para ao menos se meter em uma luta em sua vida, mas Matthew e massacre?
Matthew: Não! Não! Não foi assim!! Não fui eu!!
Sam: O inferno que não foi!!
Matthew: Cara, cala a boca!!
Sam: Me obrigue!!
Matthew: EU VOU!
Sam e Matthew pularam de seus assentos e marcharam um ao outro, batendo suas testas juntas e rosnando, fogo queimando em cada um de seus olhos.  Eu rapidamente corri e puxei o braço de Matthew, tentando trazê-lo de volta à cama.
Mika: Matthew! Acalme-se!!
Carrie: Sam!! Pare com isso!!
Apesar de Carrie também puxar o braço de Sam, nenhuma de nós podia puxar nossos íncubos para longe do outro enquanto eles batalhavam um ao outro com seus olhos. O ar no quarto ficou cheio de energia tensa até, repentinamente, ambos os rapazes serem atingidos na cabeça.
Sam: PORRA!!
Matthew: OWW!!!
James: Ambos os dois! Já basta!!
Eu olhei para cima para ver James, segurando seu punho que tinha usado para socar seus irmãos com um olhar furioso em seu rosto. Matthew e Sam olharam para seu irmão mais velho, ambos irritados em serem atingidos, mas quietos o suficiente para saberem não retrucar. Um momento passou antes de Sam se levantar ereto e balançar sua cabeça, finalmente permitindo Carrie o puxar de volta a um lugar onde podiam se sentar.
Sam: Psh. Tanto faz.
Matthew, por outro lado, se endireitou e continuou a encarar James, quase em desafio. Alguma coisa brilhou em seus olhos, algo que me deixou preocupada, então eu puxei seu braço, tentando atrair sua atenção.
Mika: Ei. Vamos.
Matthew finalmente olhou para mim, lentamente recuando de volta ao seu olhar normal, antes de assentir e esfregar sua cabeça sobre o machucado recente enquanto sentava ao meu lado.
Diana: Bem, essa é uma interessante reunião de família.
A voz de Diana repentinamente fez todos nós virarmos para a porta para ver ela e Saero na porta com Diana se inclinando contra a soleira. Quando ela se desencostou e entrou, Saero seguiu e fechou a porta.
Irene: Nós podemos lhe ajudar?
Diana: Possivelmente, se vocês todos querem sobreviver esta guerra e irem para casa. Especialmente você, minha querida.
Diana olhou para mim e cruzou seus braços sob seus seios. O que ela queria dizer? Diana correu uma mão por seu cabelo e olhou ao redor do quarto, pressionando seus lábios numa fina linha.
Diana: Então, sobre todos vocês participando na guerra... vocês obviamente precisam treinar.
Todos assentiram em concordância à declaração de Diana. Enquanto nós não estávamos prontos para a batalha, ainda precisávamos pelo menos saber como nos defender. Diana, entretanto, olhou para mim.
Diana: Você mais que todos.
Mika: Huh? Eu??
Eu estava repentinamente confusa. Como assim eu era a estranha que tinha que estar mais preparada? A última coisa que eu me lembrava sobre eu treinando que Diana era contra a ideia completamente. Diana suspirou e esfregou sua têmpora.
Diana: Aparentemente, há diretrizes para quebrar esta maldição. Não apenas nós temos que matar o Lorde Demônio, mas você tem que estar próxima quando isso acontecer para a maldição mesmo quebrar.
Mika: Isso não faz sentido! Onde você aprendeu isso?
Diana: Sombra. Ele passou a noite tentando encontrar modos alternativos de quebrar sua maldição. Infelizmente, nós não encontramos nada do tipo, mas encontramos as diretrizes para quebrá-la.
Mika: Bem, ainda não faz sentido.
Diana: Mesmo enquanto não faça, é ainda melhor prevenir do que remediar. Eu não quero matá-lo e ainda lhe ter presa aqui por causa de um erro.
Eu pude apenas suspirar e entender. Então eu tinha que estar lá quando o Lorde Demônio cair. Ótimo. Diana balançou sua mão com desdém pelo ar, quebrando meus potenciais pensamentos.
Diana: De qualquer maneira, nós não podemos ter você morrendo no caminho para lá e não podemos monitorar você quando estamos em batalha. Você deve pelo menos saber como se defender. É por isso que nós pensamos numa solução.
Matthew: Huh? Que solução??
Diana: Simples: os outros líderes rebeldes e Saero concordaram que, se você gostasse de um treinador para aumentar suas habilidades, você pode treinar com um deles.
Eu encarei, vendo Saero dar um passo adiante com um assentir.
Diana: Cada um dos líderes é proficiente numa diferente área de magia e estratégia de batalha, bom o bastante para autodefesa. Eu não posso falar pelos outros, mas posso assegurar a você que com a habilidade e métodos de treinamento de Saero, você estará bem preparada no momento em que o cerco chegar.
Saero assentiu e se curvou para mim levemente. Enquanto eu estava lisonjeada pela ideia, eu realmente precisava de um treinador? Eu sabia Taekwondo e pelo menos sabia como me defender, demônio ou não. Mas então, nós estávamos no mundo demônio, onde magia era a norma.
-“Eu gostaria de treinar com Saero.”
-“Eu não preciso de um treinador.”
-“O que os outros iriam me ensinar?”
Diana correu uma mão por seu cabelo, olhando para o lado enquanto listava cada líder e suas habilidades.
Diana: Sargento é um demônio bruto, criado de uma tribo nômade. Ele provavelmente ensinaria a você os modos de um demônio bruto, usando seus punhos e velocidade para lhe manter viva. Sombra é, por definição, um demônio de sombra, então ele provavelmente ensinaria a você sobre magia negra, manipulação de luz, e assassinato. Coelho é um demônio animal baseado em magia selvagem, usando sua energia animal como sua arma. Ela provavelmente ensinaria a você como fazer o mesmo. Fae... Eu honestamente não tenho certeza. Eu sei que ele/a pode mudar seu tamanho e usar magia elemental também, mas para ser honesta, eu não sei o que ele/a ensinaria a você.
-“Eu não preciso de um treinador.”
-“Eu escolho Fae.”
-“Eu escolho Sombra.”
-“Eu escolho Sargento.”
-“Eu escolho Coelho.”
-“Eu escolho Saero.”
-“E você?”
Diana me encarou como se eu tivesse três cabeças. Ninguém mais parecia contra a ideia, mas eu estava genuinamente curiosa. Diana pressionou seus lábios juntos e olhou para longe de mim.
Diana: Minhas mãos estão muito cheias.
Saero: Isso é uma mentira.
Diana: Saero!
Saero: Minha dama é proficiente com lâminas e encantamentos. Eu a vi fazer exércitos caírem de joelhos e latirem a seu comando.
Diana encarou duro a Saero, mas eu estava bem convencida de que o que Saero disse era verdade. Diana era bem poderosa. Ainda, Diana como minha treinadora? O que sairia disso?
-“Eu escolho você, Diana.”
Diana: Ah— Mas eu—
Saero: Eu me certificarei de que tudo está arrumado para você, minha dama. Por favor, considere treiná-la como você a conhece melhor.
Diana: ...Tudo bem.
Com isso, Diana se virou e saiu do quarto.
Diana: Terminem de comer. Depois, vocês devem começar a treinar.
Todos no quarto assentiram sua afirmação quando Diana e Saero foram embora.
James: Bem, parece que nós estaremos ocupados pelos próximos dias.
Sam: Hehe, isso será divertido.
Matthew: Cara, o treinamento vai ser um saco.
Damien: Valerá a pena, no entanto.
Erik: Damien está certo.
Quando todos nós terminamos de comer, todos saíram para treinar ou fazer coisas sozinhos. Eu saí para começar meu próprio trabalho, determinada a estar pronta para o que estava a vir. O Lorde Demônio não iria vencer. Eu não o deixaria. Eu escolhi treinar com Diana. Eu a conhecia pessoalmente e sabia que ela seria capaz de conectar melhor comigo. Em seu lugar, Saero jurou treinar os íncubos. Diana me trouxe ao grande salão, que era originalmente para ela e Saero. Sendo que essa era uma circunstância especial, Diana tomou controle do espaço e deu a Saero e os íncubos outro recinto para treinar. Quando eu entrei, eu senti o ar no lugar mudar para quase um frio e tenso tom. Diana, quem estava de pé no outro lado do quarto, me encarou com seu olho vermelho visível.
Diana: Diga-me por que você me quer de todas as pessoas para lhe treinar.
Eu senti um arrepio descer por minha espinha quando ouvi sua pergunta. Por que ela estava repentinamente fria comigo? Ela não estava usando magia nenhuma para me enfeitiçar ou me forçar a responder, então eu deixei a resposta vir naturalmente.
-Eu não sei.
-Porque eu confio em você.
Diana me encarou, tentando encontrar algum tipo de sinal que eu estava mentindo ou dando uma resposta sem sentido. Quando não encontrou tal sinal, ela soltou um suspiro.
Diana: Eu não pegarei leve com você, eu espero que você perceba isso.
-Você deveria.
O olho visível de Diana se estreitou levemente, virando um olhar irritado. Eu estava certa, no entanto. Eu era apenas uma humana e o que ela tinha feito comigo no mundo humano merecia um pouco de clemência. Eu nunca deixaria ir o que aconteceu entre nós.
-Eu não me importo.
Diana balançou sua cabeça antes de formar um pequeno aro de aço em sua mão. Era de uma linda cor preta com leves designs de lavanda por ele. Eu encarei em maravilha enquanto Diana lentamente se aproximava, estendendo-o para eu pegar.
Diana: Lembre-se, esse treinamento é para certificar de que você saiba como se defender. Isso não é sobre você se tornando uma lutadora.
Mika: Eu sei disso. Mas o que é isso?
Diana: Algo de que você gostará. Eu prometo.
Eu peguei o aro de sua mão e o examinei enquanto ela se afastava. Era mais leve do que eu esperava, mas era provavelmente por causa de suas qualidades mágicas. Eu o balancei um par de vezes pelo ar aberto, sentindo-o. Não havia nada realmente especial sobre ele. Parecia um bracelete. Se houvesse uma piada aqui, eu estava perdendo.
Mika: É um bracelete.
Diana: Muito bom. Pelo menos, os seus olhos funcionam.
Eu encarei, pressionando meus lábios. Sério? Diana balançou sua cabeça.
Diana: Magia súcubo vem de nossas sensações de prazer, felicidade, e geralmente euforia. Quando focada por um objeto, como um bracelete, ele pode se tornar uma arma ou um escudo.
Eu encarei o aro, imaginando tal coisa. Ele se tornaria uma espada? Que tal um grande escudo? Ela disse que esse treinamento era para autodefesa. Diana recuou para longe de mim, estendendo seus braços.
Diana: Tente jogá-lo em sua frente. Foque sua energia no metal e o aro irá absorvê-la.
O quê? Eu inclinei minha cabeça antes de olhar ao aro e o virando em minha mão. Era leve o suficiente. Entretanto, eu tinha que focar minha energia nele, tão estranho quanto isso soasse. Era como dar energia ao meu noivo. Deve ser fácil. Eu encarei o aro, vendo-o brilhar levemente enquanto energia suavemente começava a correr por meu corpo e para minha mão. Era uma visão muito interessante, mas eu continuei até sentir que era suficiente. Por fim, eu atirei o aro na minha frente apenas para arfar ao resultado. Na minha frente formou um grande anel de aros ao redor de meu corpo, pairando no ar como um círculo protetor. Diana sorriu e invocou seu sabre, correndo para mim.
Mika: AHHH!!!
Eu instintivamente levantei meus braços, mas estava surpresa de ouvir a batida de aço contra aço. Eu olhei para cima para ver a arma de Diana completamente envolvida numa corrente de aros que ejetaram de minha barreira, tentando puxá-la de sua mão.
Diana: Observe! Sua nova arma!
Diana soltou a arma e pulou para trás, apenas para correr a mim novamente com um punho descoberto. Entretanto, eu observei quando os aros ao meu redor formaram uma parede de correntes entre mim e Diana, fazendo seu soco voador atingir a barreira. Diana continuou com isso, mostrando-me os modos diferentes que o aro me protegia e me ajudava. Eventualmente, entretanto, o aro se fundiu de volta a um e caiu no chão. Enquanto Diana arfava levemente, ela apontou a ele.
Diana: Ele armazena sua energia... e a usa como você exige... jogando-o em sua frente irá automaticamente fazer um escudo... segurando-o em sua mão e arqueando irá formar um chicote...
Eu peguei o aro e o encarei, surpresa para vê-lo como tal. Mais de minha energia fluiu a ele e eu de fato formei um chicote de corrente em minha mão, brilhando uma cor dourada e lavanda.
Mika: Uau...
Respirando fundo, Diana se endireitou e invocou seu sabre.
Diana: Vamos. Nós temos trabalho a fazer.
Eu assenti e preparei uma pose, pronta para atacar. Nós trabalhamos por horas, sem fim indo para lá e para cá entre ofensiva e defesa com meu aro. Quando o dia se tornou noite, eu senti onda após onda de exaustão me atingir. Diana riu quando eu bati minhas costas contra a parede e tentei recuperar meu fôlego.
Diana: Vá descansar e respirar. Volte quando estiver pronta.
Eu assenti e corri para fora do quarto, encontrando a cozinha e pegando um pouco de água. Foi um pouco de aventura, mas eu sabia que Diana não estaria esperando muito. Eu meramente saí do quarto por um momento. Eu não esperava voltar ao grande salão para estar cara a cara com uma grande esfera negra.
Mika: M-Mas o quê?!
Relâmpago vermelho parecia atravessar sua superfície enquanto emitia um brilho escuro e cruel. Eu senti medo sacudir meu interior apenas de encarar. Eu estava chocada. Onde estava Diana? Por que havia uma esfera negra no meio da sala de treinamento? O que diabos estava acontecendo?
-Consiga ajuda.
-Confira. {Escolha certa para a sub-história da Diana como treinadora}
Eu tinha que conferir. Alguma coisa não estava certa. Eu podia sentir em meu interior. Eu entrei no recinto e fechei a porta atrás de mim, não querendo apavorar qualquer pessoa passante. Quando eu me aproximei da esfera, eu pude fracamente ouvir ecos fluindo dela.
Diana: Não seja uma puta tão teimosa! Você não consegue me negar por muito mais tempo...
Diana: O que diabos você quer?!
Mika: Diana?
Nada disso estava fazendo sentido. Eu continuei andando na direção da esfera e mal notei o recinto mudar ao meu redor com cada passo adiante. Não era nauseante, mas eu definitivamente me senti um pouco tonta. Ainda, eu continuei adiante. Eu me encontrei num vácuo roxo e negro. Formas escuras no vácuo pareciam árvores e vida selvagem, mas eu não podia ter certeza. Alguma coisa estava acontecendo e Diana estava em algum lugar neste novo lugar.
Diana: Você sabe muito bem o que eu quero. Eu quero a mesma coisa que você quer que você continua negando!
Diana: Eu ainda não sei do que diabos você está falando!
Eu segui a voz de Diana na escuridão para encontrá-la enfrentando... ela mesma? Alguma coisa já estava errada. Uma das Dianas que eu podia dizer era a real súcubo estava cheia de tensão e fúria enquanto a outra Diana praticamente emanava energia negra e tinha um sorrisinho diabólico em seu rosto. Estranho o bastante, eu de algum modo reconheci a Diana malvada...
Diana: Por quanto tempo você vai manter essa charada, Ezaeur? Cada vez que você olha para aquela humana, não pode evitar se sentir tão zangada... Você não pode esconder isso de mim...
Diana: Eu sei o que você está tentando fazer. Não irá funcionar. Eu sei o que você é.
Diana: O que eu sou, então, Oh Sábia?
Diana: Você é um fragmento da loucura do Lorde Demônio. Você apenas existe para me assombrar depois de todos esses anos, lutando contra aquele bastardo. Isso é o que eu ganho quando colido espadas com ele vezes demais...
Diana: Eu sou mesmo? Sério? E se você estiver errada?
Diana: Eu sei que não estou.
Diana: E se eu fosse uma parte real de sua alma, apenas querendo ser libertada depois de ser segurada por tanto tempo? Você me aceitou uma vez, sabe~ Quando foi ao mundo humano~ É claro, aquela musa tinha que escrever isso na história da humana para você completamente me aceitar...
Eu encarei de olhos arregalados. Que diabos? Do que aquela criatura estava falando? A real Diana encarou, mostrando seus dentes à sua imitadora. Em suas mãos formou seu sabre, brilhando uma cor roxa quase não natural no vácuo.
Diana: Você não existe e isso é absoluto.
A Diana malvada sorriu mais, formando um sabre próprio que estava laçado em névoa negra.
Diana: O que você disser, queridinha... Você irá me aceitar eventualmente~ E quando o fizer, eu me certificarei de que você se torne a melhor Rainha Demônio que esse mundo já conheceu~
Diana praticamente rosnou antes de disparar para sua imitadora, balançando seu sabre a sua oponente em fúria. Com uma defesa, a batalha começou. Diana e a imitadora colidiram espadas de novo e de novo, uma cheia de fúria, a outra cheia de desinteresse brincalhão. Diana estava dando uma sólida ofensiva, mas cada ataque que dava era bloqueado por seu alvo com uma facilidade quase nojenta. Eu queria me intrometer, mas algo em meu interior me segurou. Por quê? Diana e a imitadora eventualmente colidiram seus sabres juntos num impasse. A imitadora, entretanto, se inclinou, sorrindo largamente.
Diana: Apenas desista já! Você sabe que precisa de mim, então não pode me matar!
Diana: O que você está dizendo?!
Diana: Você sabe muito bem que eu sou a única coisa que está te impedindo de quebrar~! É mais conveniente quando seus iguais nem mesmo sabem quão fraca você é!
Do que diabos ela estava falando?! A imitadora pressionou no sabre de Diana, fazendo Diana se inclinar para trás com olhos arregalados.
Diana: Você não pode nem mesmo salvar sua família de morrer! É tudo sua culpa, e você sabe disso. Você não tinha a força ou a coragem para matar a humana e trazer os rapazes pela força! A vida daquela humana REALMENTE era digna das vidas de sua família?! SUA IRMÃ BEBÊ?!
Diana: Se eu tivesse a matado, então os anjos teriam vindo atrás de mim.
Diana: Tão puro e dourado coração~ Vejamos quão longe esse ato de coração puro te leva quando o Lorde Demônio vir uivando por você!!
Diana: CALE-SE JÁ!!
Diana empurrou brutamente contra a imitadora, forçando-a para trás, antes de balançar seu sabre num largo arco a ela. Com facilidade, a imitadora deslizou para o lado e trouxe seu sabre de volta com uma risadinha sombria.
Diana: É melhor você tentar mais ou então VOCÊ VAI MORRER!!
A Diana cruel atingiu sua lâmina no abdômen da Diana real, tentando abri-la com um corte, mas errou quando Diana pulou para trás. Isso era insano! O que estava acontecendo?! Eu não queria apenas sentar aqui e fazer nada. Diana estava contra algum tipo de ser maligno. Quando mais eu olhava, mais eu reconhecia a Diana que apareceu no mundo humano e tentou levar os rapazes. Aquela não era a Diana real que eu conheci, então? Eu balancei minha cabeça. Agora não era a hora para se preocupar com isso. Eu tinha que fazer alguma coisa.
-Fique quieta.
-“Diana!!”
Eu tinha que saber o que estava acontecendo. Talvez minha voz faria a imitadora parar e Diana poderia se livrar dela. Infelizmente, ambas as Dianas olharam para mim, a real com uma expressão chocada enquanto a malvada tem um sorrisinho quase psicótico.
Diana: Colocando seu nariz nos negócios de outros novamente, humana?!
Eu mal pude registrar o segundo seguinte, quando o sabre da Diana cruel veio voando em meu rosto como uma bala.
Diana: NÃO!!!
Antes que o sabre pudesse me alcançar, entretanto, uma sombra me cobriu e o som de uma dura colisão alcançou minhas orelhas. Eu olhei para cima para ver Diana com seu corpo entre mim e sua imitadora, sua lâmina em pós-balanço com a outra voando para a floresta escura. A Diana cruel sorriu largamente, lambendo seus lábios enquanto ria sombriamente.
Diana: Aí está aquele coração puro novamente. É melhor você tomar cuidado, Ezaeur~ Rainhas com bons corações são frequentemente aquelas que são envenenadas antes de sentarem no trono~
Diana: Basta! Suma daqui!
Com uma risadinha, a imitadora sumiu, desvanecendo numa sombra negra e derretendo no chão. Quando ela desapareceu, o mundo ao nosso redor escureceu antes de iluminar de volta ao salão. Diana soltou um suspiro antes de virar sua cabeça para mim com um olhar penetrante. Merda.
Diana: Por que você entrou?
Mika: Diana...
Diana continuou a me encarar, sua raiva rasgando meus olhos e alma. Isso era definitivamente algo que ela queria esconder. Entretanto, era tarde demais agora. Eu soltei um suspiro e encarei Diana de volta, tentando permanecer imperturbável por sua raiva.
Mika: Eu queria saber o que estava acontecendo. Eu vi você nessa coisa de orbe preto e precisava ver se você estava bem.
Diana: ...Não é nada de seu interesse. Eu posso cuidar disso.
Diana andou na direção da saída do quarto, fazendo o sabre em sua mão desaparecer.
Diana: Nós estamos terminadas por hoje.
Mika: Huh? O que você—?
Diana: Eu disse. Nós estamos terminadas.
Diana fez seu caminho para a porta e olhou de volta sobre seu ombro para mim, seu olho brilhando dourado.
Diana: Fale disso a qualquer um e eu lhe mandarei de volta ao mundo humano como um cadáver.
Apesar de Diana me ajudando antes, eu podia dizer que ela estava séria apenas pelo rosnado em sua voz. Eu decidi manter minha boca fechada; melhor não testar sua paciência ou confiança no assunto. Ainda, eu estava preocupada com ela. Ela aparentemente tinha que lidar com um monte... e parcialmente por minha causa... Eu suspirei para mim mesma e encarei o chão, incerta do que fazer. Por agora, eu iria deixar para lá e retornaria amanhã. Eu estava exausta e precisava tomar banho e dormir. Exausta e cansada, eu marchei para meu quarto e abri a porta, surpresa por ver Matthew já lá.
Mika: Huh? Matthew?
Entretanto, o que era estranho sobre ele estando no quarto não era que ele estava lá antes de mim, mas que ele estava encarando o fogo, olhos envidraçados num tom azul quase pálido. Alguma coisa estava acontecendo. Eu me aproximei e coloquei minha mão no ombro de Matthew, lentamente andando ao redor ele para olhar diretamente em seus olhos. Era quase assustador de ver, mas ele parecia quase... morto...
Mika: Matthew.
Matthew: ...
Eu gentilmente balancei seu corpo, tentando despertá-lo de qualquer transe sob o qual ele estava, mas arfei quando eu notei um anel azul ao redor de seu pescoço. Quando fiz, o ar ao meu redor ficou mais frio e um pouco mais obscuro. O que estava acontecendo? Em pânico, eu olhei ao redor, tentando identificar o que estava causando isso.
Matthew: Eu... Eu...
A voz de Matthew me trouxe de volta a ele, ouvindo sua voz sair de sua boca como uma boneca sem emoção. Eu agarrei os ombros de Matthew com força e o balancei novamente.
Mika: Matthew!!
Ainda nada.
-Bater nele. {-Matthew}
-Beije-o. {+Matthew}
Eu tinha que tirá-lo de qualquer feitiço que estava consumindo sua mente e de jeito nenhum que eu iria bater nele. Ao invés, eu peguei sua cabeça em minhas mãos e o puxei num beijo, trancando lábios com ele e fechando meus olhos. Eu não entendi o que me fez fazer isso, mas estava determinada de fazer funcionar. Eu esperei... e esperei... Até que finalmente Matthew envolveu seus braços ao meu redor e se inclinou no beijo, deixando-me saber que ele possivelmente sucedeu. Eu abri meus olhos levemente para ver seus olhos fechados, mas seus braços ao redor de minha cintura eram seguros e amáveis, bem como eu me lembrava. Quando eu lentamente me afastei, Matthew abriu seus olhos e revelou sua adorável cor azul oceano. Perfeito. Entretanto, suas bochechas estava um adorável contraste de vermelho.
Matthew: Uhh... umm... oi?
Eu sorri um pouco, rindo.
Mika: Ei. O que aconteceu? Você está bem?
Matthew: Sim, estou bem. Eu estava só olhando para o fogo. É bem quente.
Cada parte de mim não acreditou nele. Mas então, alguma coisa estava errada e talvez Matthew estava se tornando vítima disso. Eu franzi as sobrancelhas e toquei sua bochecha, fazendo-o inclinar nela levemente.
Mika: Tem certeza? Você pareceu realmente... Você pareceu que estava possuído.
Matthew franziu suas sobrancelhas, incerto do que eu quis dizer. Ele realmente não se lembrava? Eu agora fiquei preocupada, desesperada para saber respostas. Por que ele estava agindo tão estranhamente? Matthew pegou minhas mãos nas dele e as segurou gentilmente, esfregando seus polegares sobre os topos de minhas mãos.
Matthew: Ei, está tudo bem?
Eu quase encarei intensamente. Aquilo era o que eu tinha perguntado a ele. Eu não estava louca. Eu sabia que alguma coisa estava errada e tinha que tentar descobrir o quê. Eu apertei as mãos de Matthew ao invés.
Mika: Matthew, eu estou séria. Você estava encarando o fogo e seus olhos apenas... pareciam envidraçados e tal...
Pressionando seus lábios juntos, ele olhou para baixo, tentando discernir o que eu quis dizer como se ele não fez o que eu tinha sugerido que ele tinha feito. Eu puxei suas mãos, agora preocupada. Eu não queria que ele assumisse que eu estava inventando coisas.
Mika: Você acredita em mim, certo?
Matthew encarou meus olhos, lendo-os enquanto assentia.
Matthew: Eu acredito! Eu acredito... Eu apenas não sei como responder. Quero dizer... Eu não me lembro de estar em transe...
Quando disse isso, entretanto, ele repentinamente se curvou e segurou sua cabeça, chiando em dor.
Matthew: Ghhh...!!
Mika: Matthew?!
Rapidamente, Matthew caiu de joelhos e agarrou sua cabeça, afundando seus dedos em seu cabelo enquanto eu o seguia. Agora eu sabia de certeza: alguma estava definitivamente errada. Eu toquei o rosto de Matthew, tentando ler sua expressão e tentando descobrir o que estava errado apenas pela visão. Um momento passou antes de Matthew soltar um suspiro, arregalando seus olhos e arfando por ar fresco para entrar em seus pulmões. Seus olhos pintaram seu medo, como se ele tivesse acabado de encontrar um pesadelo no momento que passou.
Mika: Matthew, o que aconteceu??
Matthew não iria falar, franzindo suas sobrancelhas e balançando sua cabeça.
Matthew: Eu... Eu ouvi alguém me chamando...
Mika: Chamando você...?
Por um momento, eu acreditei ter sido sua mãe. Talvez ele estava ouvindo o que eu ouvi no mundo humano, mas por que eu não podia mais ouvir?? Não fazia sentido. Matthew balançou sua cabeça e rangeu seus dentes.
Matthew: Soou como minha mãe... mas como ela poderia...?
Eu peguei as mãos de Matthew e as segurei em meu peito, atraindo sua atenção.
Mika: Ei... vamos perguntar os outros sobre isso. Não é tarde demais para falar com eles.
Matthew repentinamente balançou sua cabeça e pegou suas mãos das minhas, agarrando meus ombros.
Matthew: Está tudo bem! Sério! Eu não preciso da ajuda deles. Nós podemos cuidar disso sozinhos...
Mika: Matthew...
Eu tinha um péssimo pressentimento sobre a situação. Matthew estava sendo colocado em transes, então tendo dores de cabeça e ouvindo a voz de sua mãe. Por que ele estava tão relutante em conseguir a ajuda de seus irmãos?
-Insistir.
Isso era misterioso e perigoso demais. Nós precisávamos de ajuda.
Mika: Matthew, nós precisamos—
Matthew: Por favor. Apenas confie em mim, ok?
Matthew encarou fundo em meus olhos, implorando silenciosamente para eu confiar nele. Eu mordi meu lábio, ainda não completamente com certeza de que essa era a escolha certa. Quando eu lentamente soltei um choramingo de reclamação, Matthew apertou mais forte meus ombros; não o suficiente para me machucar, mas suficiente para enfatizar seu ponto.
Matthew: Por favor.
-“Ok...”
Matthew parecia decidido. Eu engoli meus nervos e assenti lentamente, respirando fundo e soltando um suspiro. Matthew se inclinou adiante e beijou minha testa, grato que eu estava disposta a confiar nele. Entretanto, confiança não era o problema. Eu confia muito em Matthew. O que eu não confiava era o que estava tentando influenciá-lo e machucá-lo. Eu não queria apenas deixar isso no escuro e não queria que nós atingíssemos uma parede com isso que poderia potencialmente machucar Matthew mais ou fazê-lo fazer alguma coisa ainda mais estranha. Eu fiz uma careta antes de levantar, ajudando Matthew também.
Mika: Vem. Vamos para a cama.
Matthew assentiu, concordando que, agora mesmo, sono era algo que nós provavelmente precisávamos. Eu guiei Matthew para a cama e o ajudei a subir, me aninhando a ele e deitando minha cabeça em seu ombro.
Mika: Matthew...?
Matthew: Sim?
Mika: Você tem certeza que nós ficaremos bem?
Matthew: Eu tenho certeza. Eu prometo que vou descobrir isso rapidamente.
Eu assenti mais uma vez antes de fechar meus olhos. Eu tinha que deixá-lo tentar. Se todo o resto falhasse, eu poderia ir aos outros por ajuda, mas não a menos que ficasse perigoso. Ainda, alguma coisa parecia errada sobre essa situação inteira. Primeiro havia algo errado comigo, mas agora havia algo errado com Matthew? Nós tínhamos a pior sorte.
Esse é o fim da parte 5. Até a próxima! :)

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