Seduce Me 2: Matthew (parte 7)

Oi oi, pessoal! Crys-chan voltou com mais Seduce Me 2. Espero que gostem! :)
{Nota: Lembre-se que este jogo tem cenas adultas. Você foi avisado!}

Dormir naquela noite nos encheu de determinação para o dia seguinte. Eu estava esperançosa, torcendo para que tudo fosse ficar bem. É claro, nem tudo acabou do jeito que queríamos... A manhã chegou por fim, levantando-me de meu sono. Surpreendentemente, eu estava cheia de energia; pronta para ir e enfrentar o treinamento do dia. Entretanto, eu rapidamente percebi que estava sozinha.
Mika; Huh? Matthew?
Eu me sentei e olhei ao redor, não o vendo em lugar nenhum no quarto. Preocupação rastejou para minha mente; e se ele saiu para fazer algo que foi influenciado a fazer?! E se ele tentou descobrir um jeito de forçar a influência para fora dele? Eu agarrei meu cobertor para removê-lo de meu corpo quando olhei para cima para ver a porta se abrir, revelando Matthew segurando dois pratos de comida para mim.
Matthew: Booooom dia!
Eu fiquei pasma. Matthew? O que estava acontecendo com ele e por que ele estava acordado tão cedo? Ele não era exatamente um madrugador. Matthew sorriu quando se aproximou e presenteou um prato de fruta, ovos, bacon, torrada e panquecas de aparência deliciosa que eu já tinha visto. Minha boca ficou aberta à mera vista e aroma e eu lentamente o peguei das mãos de Matthew.
Mika: Matthew?! Quando você fez isso?!
Matthew: Essa manhã! Duh! Quando mais eu seria capaz de fazê-lo?
Eu olhei para ele. Ele parecia muito feliz e alegre, apesar de tudo que aconteceu na noite anterior. Ele conseguiu afastar a influência? Quando eu percebi as olheiras debaixo de seus olhos, eu podia dizer que a noite tinha sido difícil, então talvez esse realmente fosse o caso. Ainda assim, alguma coisa em meu interior me pressionou a ser cuidadosa. Algo não estava inteiramente certo sobre essa situação, embora vendo Matthew assim tão feliz me deixou feliz também. Eu lentamente comecei a comer, saboreando cada deliciosa mordida e quase esquecendo minhas preocupações sobre isso.
Mika: Uau! Isso é incrível!!
Matthew soltou um suspiro feliz e assentiu.
Matthew: Incrível! Bem, eu vou treinar agora.
Eu repentinamente balancei minha cabeça, tentando absorver o que ele tinha acabado de dizer. Ele vai treinar agora?? Eu olhei para ele quando ele começou a se virar, estendendo um braço para ele.
Mika: Whoa, whoa, whoa, espere aí!
Matthew: Tchau!!
Apesar de meu protesto, Matthew saiu do quarto, praticamente correndo para fora dele. Que diabos? Algo agora estava DEFINITIVAMENTE errado. Eu abaixei meu prato e me levantei, correndo na direção da porta, mas fui parada por Diana, quem estava prestes a entrar.
Mika: Wahh!!
Diana: Ohh! Eu sinto muito, eu...
Diana me olhou de cima a baixo antes de olhar ao prato de comida que eu tinha deixado na minha cama e olhando aos pratos de comida que ela tinha em sua mão, obviamente para mim e Matthew.
Diana: Quando você...?
Eu balancei minha cabeça. Diana não sabia que Matthew estava fazendo comida para mim? Eu fiquei mais e mais preocupada. Diana entrou e colocou seus pratos na mesa próxima, cruzando seus braços em preocupação.
Diana: Certo. Você agora deseja me dizer o que está acontecendo?
Eu naturalmente mordi meu lábio. Eu não podia dizer a ela, mas algo sobre isso estava me avisando que o que quer que estava influenciando Matthew poderia ter piorado. Eu comecei a internamente entrar em pânico, mas eu mantive uma expressão de calma em meu rosto.
Mika: Matthew apenas fez café-da-manhã para mim. Isso é tudo.
Diana: Quando foi isso?
Eu fiz uma careta, desviando o olhar.
Mika: Aparentemente, esta manhã...
Diana balançou sua cabeça e pressionou seus dedos em suas têmporas, lentamente exalando um suspiro irritado.
Diana: Aquele menino está seriamente me preocupando agora.
-Não diga nada.
Algo precisava ser explicado e Diana era provavelmente a melhor pessoa para descobrir. Diana cruzou seus braços e soltou um suspiro.
-“Não o chame de menino!”
Eu não quis explodir, mas depois de ouvir as preocupações de Matthew na noite passada, eu não pude evitar naturalmente defendê-lo. Diana me encarou com olhos arregalados, provavelmente se perguntando de onde minha repentina explosão veio. Embora eu tivesse vocalmente a desafiado, Diana soltou um suspiro e cruzou seus braços.
Diana: De qualquer maneira, eu terei pessoas o vigiando. Se ele fizer qualquer coisa fora do comum, eu serei a primeira a saber.
Diana me deu um olhar duro por um momento antes de se virar e sair do quarto. Eu fiquei indecisa. Matthew não queria ajuda, mas parecia que ele precisava muito. E se isso fosse tudo algo do que eu estivesse exagerando? E se ele estivesse escondendo algo vitalmente importante? Eu agarrei minha cabeça e a balancei.
Mika: Pare! Pare! Acalme-se...
É mesmo. Eu tinha que me acalmar primeiro. Isso não iria ser fácil, mas a verdade sairia de um jeito ou de outro. Eu comi minha comida e preparei para o dia, rezando que não ouviria falar de Matthew matando alguém... Quando eu cheguei no salão para treinar, eu estava surpresa de ver Saero no recinto ao invés de Diana.
Mika: Saero?
Saero se virou para mim e assentiu sua cabeça.
Saero: Você treinará comigo hoje. Eu peço desculpas pela ausência de minha dama.
Mika: O que você quer dizer? Onde está Diana??
Saero: Infelizmente, eu não tenho permissão de dizer. Tudo o que eu posso dizer é que ela está se cuidando pelo dia.
Eu pressionei meus lábios juntos numa linha fina. Não era uma boa desculpa, mas se eu não tivesse uma escolha no assunto, então não havia uso em lutar contra isso. Eu puxei meu bracelete de meu pulso e o joguei na minha frente, formando a barreira flutuante de anéis ao redor de meu corpo.
Mika: Certo. Então, não se contenha.
Saero assentiu e preparou sua instância, mirando sua lança em minha direção. Eu tinha que usar esse novo parceiro de treinamento como uma nova experiência. Nem todo mundo iria lutar como Diana, então esse era um bom desafio para mim. Lutar com Saero não foi tarefa fácil. Ele era rápido e pensava dez passos à frente de mim, pegando-me de surpresa em alguns pontos. Ainda assim, eu podia dizer que eu estava lutando bem com minha defesa. O que me surpreendeu foi como o tempo passou sem eu mesmo notar. Quanto mais eu confrontava Saero, mais ignorante eu me tornei da eventual descida do céu de roxo claro para alaranjado escuro. Em breve, nosso treinamento tinha terminado. Eu arfei, sem fôlego, mas surpreendentemente ainda de pé. Eu não entendi como ou por que, mas eu pude apenas assumir que estava ficando melhor, o que era uma coisa boa. Saero deu um sorrisinho enquanto recuperava seu fôlego também, espreguiçando com sua lança atrás de suas omoplatas.
Saero: Minha dama lhe treinou muito bem. Eu acredito que você será capaz de se proteger no cerco a vir.
Eu sorri, feliz de ouvir que eu tinha impressionado o melhor guarda de Diana com minhas habilidades. Eu apenas treinei por um par de dias, mas mostrei grande avanço. Talvez o mundo demônio estava me ajudando em me tornar uma pessoa mais forte.
Mika: Obrigada, Saero.
Saero assentiu antes de andar para a saída do recinto.
Saero: Agora, por favor, dê-me licença. Eu devo cuidar dos íncubos. Você é livre para vir comigo se quiser.
Eu balancei minha cabeça. Meu quarto estava me chamando para retornar e eu merecia uma noite de descanso. Além disso, eu apenas seria uma distração para os rapazes. Eu comecei a andar na direção de meu quarto, exausta e cansada. Entretanto, quando eu passei pela biblioteca, eu parei de andar à voz que lentamente saiu da fresta da porta.
Diana: Esse jogo está ficando cansativo, Ezaeur.
Eu rapidamente espiei para dentro e silenciosamente arfei ao ver a imitadora agarrando o pescoço de Diana e inclinando seu corpo para trás enquanto Diana estava de joelhos, sua cabeça caindo para trás para deixar seu rosto olhar o teto. Diana, entretanto, parecia estar inconsciente, mas respirando, então a imitadora não estava a asfixiando. Antes que eu pudesse entrar, entretanto, Diana levantou sua mão e segurou um dos pulsos da imitadora.
Diana: É inútil lutar contra mim. Eu nasci para tomar o controle e me tornar a nova você.
Diana: Eu não lhe permitirei.
Apenas do som da voz de Diana, ela parecia estar calma como gelo apesar de um par de mãos apertadas ao redor de seu pescoço. Diana abriu seus olhos e olhou para o teto, indiferente e parada.
Diana: Minha vontade é mais forte que seu tão-chamado poder.
Diana: Não importa. Eu assumirei o controle em breve~ Essa patética culpa que você tem em seu corpo lhe sangrará até secar~
Eu encarei. O bastante era o bastante. Invadindo, eu removi meu bracelete e preparei para jogá-lo. Antes que eu pudesse, entretanto, a imitadora olhou para mim e sorriu.
Diana: Oh, veja~ A neta de Harold Anderson está aqui.
Eu congelei no lugar. Como ela conhecia meu avô? Enquanto eu encarava a imitadora, Diana virou sua cabeça e encarou de olhos arregalados para mim.
Diana: A neta de Harold Anderson...?
Eu mudei meu olhar para olhar Diana, vendo seu olhar de completo gelo se transformar numa expressão de desespero e medo. O que estava acontecendo? Por que trazer meu avô à tona? Ela o conhecia? A imitadora lambeu seus lábios e soltou Diana, andando em minha direção enquanto eu tentava absorver a situação.
Diana: Deve ter sido tão desolador quando você descobriu que ele faleceu.
Mika: O que você sabe sobre meu avô?
Diana: Pare.
Diana: Oh, não muito~ Eu apenas o vi uma vez, quando fui ao mundo humano~
Antes que ela pudesse continuar, entretanto, Diana pulou do chão e tentou atacar a imitadora, apenas para atravessar um rasto. A imitadora reapareceu do meu outro lado, agarrando a mão que eu segurava meu bracelete, e dançou seus dedos sobre o metal de minha arma.
Diana: É tão pesaroso que ele teve que morrer. Ele poderia ser poderoso o bastante para tomar controle do inteiro Mundo Demônio com um balanço de sua mão~
Minha mente entrou num pequeno frenesi. Eu sabia que meu avô usava magia, mas ele era assim tão poderoso? Como ele poderia ter morrido, então? Eu olhei para a imitadora, sentindo meu infinito desejo por respostas tomando o controle.
Mika: Como você conhece meu avô?
A imitadora sorriu e abriu sua boca para falar, mas congelou quando Diana gritou, parando-a e fazendo-me arfar.
Diana: PORQUE EU O MATEI!!
Não... Isso... não podia ser... Meu coração começou a tremer e quebrar dentro de meu peito enquanto minha mente ficou inundada com memórias do funeral dele. Não havia registro oficial de como ele morreu, apenas que ele tinha falecido. Essa era a razão do porquê? Eu lentamente virei meu rosto para Diana, vendo-a em suas mãos e joelhos agarrando o chão em raiva e culpa. Ela manteve sua cabeça baixa enquanto continuava a falar.
Diana: Quando os rapazes saíram do mundo demônio, eu tive que rastreá-los e descobrir quem os levou. Numa necessidade cega e equivocada, eu relancei o feitiço que eles usaram para abrir a ponte entre nossos mundos e usei o restante da vida daquele homem para atravessar.
Mika: Você...
Diana: Eu nunca posso pedir por seu perdão... Eu tomei a vida dele e fui punida grandemente por aquela escolha... mas eu juro nas cinzas de minha família: não foi algo que eu queria fazer.
Eu pude apenas encarar Diana, mal ouvindo-a sobre a memória da chuva atingindo o túmulo de meu avô ecoando em minha mente. Meu avô estava enterrado seis palmos abaixo da terra por causa dela... A imitadora bateu palmas e riu atrás de mim, mas eu não me importava o bastante para olhar de volta a ela.
Diana: Bem feito, Ezaeur~ O primeiro passo da redenção é sempre a confissão~
Uma palavra pulou por minha cabeça enquanto eu encarava Diana, observando-a abaixar sua cabeça ainda mais no chão com sua testa contra a pedra. Seu corpo se contraiu sobre si mesmo, movendo seu cabelo de suas costas e revelando as intricadas marcas demoníacas por sua pele. Quando a palavra se tornou insuportavelmente alta em meus pensamentos, eu a deixei ressoar para fora de minha boca.
Mika: Por quê?
Diana manteve sua cabeça ao chão enquanto a imitadora ronronava alegremente ao meu lado. Eu tinha que colocar tudo em perspectiva: Diana tinha salvado minha vida, mas sacrificou a de meu avô. Ela me salvando significava ser uma dívida reembolsada? Ela não sabia que eu era a neta dele, no entanto. Se ela já foi punida, então isso definitivamente não poderia ser o caso. Então por que ela iria me salvar se já tinha matado um humano? Por que os anjos não estavam lhe caçando? Alguma coisa não estava certa. Eu olhei para a imitadora, vendo-a praticamente babar pela visão de Diana rastejando.
Mika: Você realmente é loucura?
Quando absorveu a pergunta, a imitadora olhou para mim com um olhar ofendido.
Diana: Loucura? Isso é o que Ezaeur lhe disse? Uma má menina de fato, mesmo sem minha ajuda~
Diana: ...
Eu olhei novamente para Diana, vendo seu corpo ficar tenso. Ela mentiu para mim? Quando a imitadora riu, eu virei de volta a ela para ver que esse não era o caso.
Diana: Bem, eu não sou EXATAMENTE loucura~ Eu sou apenas um ser que foi criado para realçar sua história~
Agora isso não estava fazendo NENHUM sentido. Minha história? Do que diabos ele estava falando? De meu rosto confuso, a imitadora riu.
Diana: Você não entenderia, pequena humana—
Diana: Sim. Ela entenderia.
A imitadora e eu viramos nossas cabeças para ver Diana finalmente se levantando do chão, encarando profundamente sua imitadora. Por um breve segundo, eu pude sentir o vacilo que surgiu da imitadora pela visão, mas continuou a olhar para Diana.
Diana: Ela pode ter se apegado a um demônio, mas isso não a torna ignorante. Ela pode ser uma simples humana, mas ela é mais que merecedora para saber de tudo que os cinco mundos têm a esconder.
O equilíbrio de poder no recinto pareceu mudar quanto Diana tomou posse da dominância da imitadora e fez sua própria presença intensificar com suas palavras. Ela inclinou sua cabeça levemente, deixando-me e a imitadora ver ambos seus olhos, cheios de pura malícia e más intenções. Quando ela encarou, um duro ímpeto de medo correu por mim e um profundo dourado cobriu seus olhos, balançando o ar no recinto com apenas seu olhar.
Diana: Entretanto, eu direi tudo a ela depois de finalmente rasgar sua garganta.
Num piscar de olhos, Diana desapareceu e bateu na imitadora, atingindo seu cotovelo em seu peito e mandando-a para trás.
Diana: GFFF!!!
A imitadora voou pelo recinto e quicou nas prateleiras, fazendo alguns dos livros caírem enquanto ela caia de joelhos. Diana ficou de pé e andou na direção dela, formando seu sabre em sua mão.
Diana: Eu deveria ter matado você no momento que você começou a apodrecer.
Diana: Hehehe~ Esse coração dourado seu sempre parece ficar no caminho, huh?
Diana repentinamente correu para o ser caído, arqueando seu sabre para cortá-lo, mas apenas balançou a um rasto. A imitadora reapareceu atrás de Diana e chutou ambos seus joelhos de debaixo dela, fazendo-a cair ao chão. Eu senti meu instinto pular, mas era minha luta para me juntar? Tudo sobre essa situação estava borrado e confuso. Quem estava certo? Quem estava errado? Qual Diana era a culpada? Meu coração sabia que a Diana verdadeira era inocente. A imitadora deve tê-la forçado a fazer as horríveis coisas que fez de algum modo. A pergunta ainda permaneceu, entretanto: eu iria ajudar ou observar?
-Observar.
Eu encarei, não querendo me envolver. Eu precisava acessar a situação e tomar uma ação depois que tudo estivesse decidido. Eu mal tinha mesmo notado um grande pentagrama roxo aparecendo atrás da imitadora, onde um grande tentáculo escapou e violentamente se amarrou ao redor do pescoço da imitadora.
Diana: GRGH!!
A imitadora arqueou para trás e agarrou o tentáculo, arranhando-o enquanto engasgava. Ele era impiedoso em seu aperto, chocalhando como uma cobra enquanto tentava puxá-la de volta ao vácuo negro de onde tinha vindo. Entretanto, isso deu a Diana uma chance para atacar.
-Ajudar Diana.
Eu não podia ficar parada e deixar Diana lutar contra essa coisa sozinha. Se eu estivesse de algum modo envolvida, então isso se tornou minha luta também. Eu foquei minha energia em meu bracelete e o sacudi violentamente à imitadora, fazendo uma grande corrente explodir dele e se apertar ao redor do pescoço da imitadora comigo segurando meu bracelete como uma alça.
Diana: GRGH!!
A imitadora arqueou para trás e agarrou a corrente, arranhando-a enquanto engasgava. Eu continuei a puxar para trás para continuar a engasgá-la ou trazê-la para longe de Diana. Minha energia concentrou na corrente, fazendo-a mais forte e apertar ao redor da imitadora.
Mika: DIANA!!
Diana rapidamente olhou para cima e agarrou seu sabre antes de se levantar do chão e cortar o estômago da imitadora. Eu pude apenas encarar de olhos arregalados quando a lâmina cortou todo o caminho pelo corpo da imitadora, perfeitamente dividindo-a pela metade. O que foi ainda mais aterrorizante sobre isso foi que, ao invés de sangue, lama preta pingou do corte. Do fedor, era tinta ou algo muito similar em natureza. Dentro de segundos, a ferida tinha desaparecido, deixando a imitadora completa mais uma vez. Antes que pudesse atacar, entretanto, Diana cavou por ela novamente com seu sabre, pintando o chão com um jato de sangue de tinta preta quando o corte rasgou por seu torso. Diana virou sua lâmina e continuou a cortar a imitadora como raspar uma faca quente por manteiga. Com cada rasgo, o sangue de tinta pareceu se formar de volta, mas a imitadora parecia se enfraquecer a cada vez. Logo, não era rápido o suficiente para completamente curar os machucados em seu corpo, sua pele se tornando pintada de preto. A imitadora soltou um rosnado, de algum modo ainda viva, e agarrou o pescoço de Diana. Eu podia dizer que estava imensamente enfraquecida, mas continuou a lutar. Uma aura sombreada pulou ao redor dela quando uma segunda voz, uma que eu não pude reconhecer, ecoou atrás da de Diana.
Diana: VOCÊ NÃO IRÁ ME DERROTAR!!
Diana: SIM, EU IREI!!
Diana rapidamente agarrou o pescoço da imitadora e começou a quebrá-lo, fazendo a imitadora soltá-la e segurar os pulsos de Diana, esperando pará-la.
Diana: Meu nome é Ezaeur, descendente da linhagem de Lilith e rainha da rebelião!! EU NÃO MAIS SEREI LIMITADA PELO PODER DE SUA MUSA!!
“O poder de sua musa”? Antes que eu mesmo pudesse tentar ponderar o que diabos ela quis dizer, Diana afundou suas unhas no pescoço da imitadora, efetivamente perfurando pela pele dela e afundando suas unhas em sua garganta.
Diana: VOCÊ NÃO IRÁ ME CONTROLAR MAIS!!
Com o grito de Diana, a mão dela repentinamente incendiou uma chama púrpura, pegando na imitadora enquanto o punho de Diana se apertava mais em seu pescoço. Com um grito engasgado, a imitadora espasmou antes de incendiar numa pira de carne.
Diana: GRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!
A fumaça que subiu no ar fracamente me lembrou de um livro queimando; o cheiro de papel e tinta se tornando cinzas e pó quando, pouco a pouco, a imitadora começou a ser consumida pelo fogo. Eventualmente, os dedos de Diana finalmente se revelaram quando as cinzas ao redor de seus dedos caíram ao chão com o restante do que era a imitadora. Eu me senti recuar e cair ao chão, absorvendo tudo e tentando me ajustar. A situação inteira se tornou um passeio louco, um cheio de surpresas e confissões. Era difícil colocar tudo junto. Eu não fui a única a atingir o chão. Diana caiu de joelhos, encarando sua mão enquanto as cinzas de sua imitadora evaporaram ao ar como poeira.
Diana: Ac... Acabou...
Eu encarei Diana, vendo seu olhar queimar em sua palma e observando-a tremer levemente. Em seus olhos, entretanto, havia um pequeno brilho que eu não tinha reconhecido dela. Era quase inocente, gentil... como se ela estivesse sob um feitiço por muitos anos e tinha finalmente se libertado. Essa era a verdadeira Diana? Diana agarrou seu punho e o trouxe para sua testa, inalando profundamente e impedindo-se provavelmente de chorar.
Mika: Diana...
Eu me senti perdida, incerta do que fazer enquanto a observava tentar e se controlar. Eu tenho certeza que ela tinha muito a dizer e, enquanto eu muito merecia cada explicação que ela poderia dizer, ela tinha acabado de fazer algo que parecia metaforicamente libertador e pesado em sua alma.
-Deixe para outro dia.
Eu iria ter minhas respostas outra hora. Diana precisava deste momento sozinha. Eu lentamente me levantei e comecei a andar para fora do recinto, tentando não a perturbar, mas parei ao som da voz de Diana.
-Espere.
Diana: E-Eu explicarei tudo em breve... por favor, apenas—
Mika: Eu sei. Está tudo bem.
Eu não estava indiferente. Eu sabia que ela precisava de algum tempo para se recuperar. Eu olhei para trás para vê-la me encarar, lágrimas silenciosas rolando por suas bochechas enquanto sua expressão revelou sua surpresa. Diana abaixou sua cabeça e assentiu, limpando suas lágrimas e respirando fundo.
Diana: Eu sei que não deveria pedir isto... mas eu posso lhe dizer em outro momento? Está tarde e seu noivo estará procurando por você...
Eu sorri e saí do recinto, sabendo que eu iria eventualmente saber a verdade. Eu rapidamente andei para meu quarto, querendo chegar lá antes de Matthew. Quando eu virei a esquina para o salão onde meu quarto estava, entretanto, um grande número de gritos ecoou.
Soldado: AGARREM-NO!!! NÃO O DEIXEM FUGIR!!
Matthew: SOLTEM-ME!!!
Eu encarei de olhos arregalados quando guardas correram para meu quarto e arrastaram Matthew para fora dele por seus braços. Eu estava ainda mais surpresa para vê-lo levemente machucado e... coberto de sangue. O quê...? Eu dei um passo adiante para correr e ver o que estava acontecendo, mas uma mão me parou e me puxou de volta. Eu virei e encarei enquanto Sam apertava meu ombro, encarando adiante ao seu irmão.
Mika: Sam? O que está acontecendo?!
Sam: Matthew fez algo realmente estúpido para caralho...
Arrancando a mão de Sam de meu ombro, eu me virei e encarei, quase rosnando de raiva.
Mika: O que você quer dizer?! O que ele fez?!
Sam olhou para mim, imperturbável por minha raiva, e andou adiante na minha frente, seguindo o grupo de soldados e Matthew pelo corredor. Eu fiz o mesmo, agora desesperada para saber o que estava acontecendo. Quando nós chegamos no grande salão, Matthew foi jogado no centro do recinto, onde Coelho tinha construído um grande círculo mágico. Quando Matthew caiu em suas mãos e joelhos nele, o círculo ativou e formou uma grande barreira ao redor dele. Frenético, Matthew correu para as paredes, batendo nelas para esperançosamente ser libertado. Ele até mesmo formou múltiplas facas e tentou rasgar pelas paredes, apenas para terminar com elas ricocheteando e aterrissando no chão.
Matthew: SOLTE-ME AGORA!!
Mika: Matthew!!
Eu corri adiante, tentando tocar a barreira, mas fui forçadamente puxada de volta por Irene e Iridessa. Eu me debati em seus braços, lutando contra seu aperto, mas fiquei parada quando Diana entrou no recinto com um grande e sangrento lenço em sua mão.
Diana: Você entra em meu castelo... come da minha comida, descansa em meus quartos... e tem a completa coragem de matar um de meus guardas e tentar roubar planos de guerra?
Não... Isso não poderia ser... Eu encarei Matthew enquanto ele trancava olhos com Diana, zombando e pressionando contra a barreira.
Matthew: Bem~ Bem~ Bem~ Se não é a rainha da rebelião? Tenho que te dizer, você parece merda depois de todos esses anos~
O rosto de Diana permaneceu frio como pedra quando ela passou o lenço para um dos guardas próximos e pisando adiante, pressionando sua mão na barreira.
Diana: Lux.
Em sua palavra, a barreira repentinamente começou a brilhar com raios, chocando Matthew dentro dela.
Matthew: GRAAAAAAAAAAAAAAH!!!!
Mika: MATTHEW, NÃO!!!!
Eu comecei a me debater mais, querendo que isso parasse. Logo, parou quando Diana puxou sua mão para longe da barreira e encarou nela. Matthew, tendo sido eletrocutado, caiu em suas mãos e joelhos, arfando loucamente.
Diana: Eu posso cheirar você, Lorde Demônio...
Eu congelei. O Lorde Demônio? Ele estava por trás disso?! Eu pensei que era a mãe dele, mas o Lorde Demônio?! Eu olhei de volta a Matthew, vendo-o rir apesar de estar em completa dor.
Matthew: Você me descobriu, huh~? Você pode ter me trancado em meu castelo, mas meu vínculo ao meu sangue é inquebrável!!
Matthew pulou do chão e bateu na parede de barreira, sorrindo de orelha a orelha para Diana.
Matthew: E quando você chegar, eu estarei pronto~ Eu sei de todos os seus pequenos planos e irei me certificar de completamente destruir seu precioso exército um patético soldado por vez. Uma vez que o fizer, eu tornarei Zecaeru meu herdeiro e finalmente tomarei o controle do resto dessa planície miserável PERMANENTEMENTE!
Desta vez, entretanto, Diana deu um sorrisinho e tocou a barreira entre os olhos de Matthew, suas írises brilhando para uma sádica cor dourada.
Diana: E é aqui que você falha em guerra, Lorde Demônio... Quem disse que nós escrevemos algo sobre nossos planos?
Matthew encarou atônito a Diana antes de rosnar loucamente.
Matthew: VOCÊ ESTÁ MENTINDO!!
Diana: Teste-me, híbrido. Eu provarei no dia que sitiarmos seu patético castelo e dominarmos seu insignificante exército.
Apesar de quão torcida a situação era, os líderes rebeldes e guardas no recinto começaram a assentir e sorrir para Matthew em concordância às palavras de Diana. Diana, entretanto, pressionou seu rosto contra a barreira.
Diana: E eu juro a você, esta guerra terminará com você morrendo pelas mãos de uma súcubo.
Os guardas ao redor de Diana torceram enquanto Matthew continuou a encarar Diana, arranhando a parede da barreira para tentar e pegá-la em vão. Diana se endireitou e zombou.
Diana: Quanto ao seu filho... Nós precisaremos fazer uma pequena cirurgia.
Cirurgia?! Eu puxei as mãos de Irene e Iridessa, encarando Diana como se ela estivesse louca. Cirurgia?! O que diabos ela queria dizer?! Sem outra palavra, Diana colocou sua mão na barreira e mandou outra onda de choques elétricos na barreira antes de Matthew finalmente desmaiar inteiramente.
Mika: NÃO!!!
Por fim, Iridessa e Irene me soltaram, deixando-me correr adiante e me ajoelhar na barreira, pressionando minhas mãos contra ela e espiando para ver Matthew deitado inconsciente no chão. Eu olhei para cima a Diana quando ela se virou e a encarei.
Mika: POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?!
Diana me encarou de volta antes de se virar para longe de mim, cruzando seus braços.
Diana: Por que você escondeu isto de mim?
Mika: NÃO! Eu mereço uma explicação—!!
Quando Diana se virou de volta para mim pela minha explosão, eu senti meu corpo instantaneamente congelar em medo debaixo de seu repentino olhar dourado.
Diana: E um de meus homens merece não estar morto! Por causa de seu pequeno segredo, esse menino conseguiu perder o controle do que quer que esteve o possuindo e matou um de meus melhores oficiais a fim de encontrar meus planos de batalha de chamariz.
Eu deixei afundar. Matthew tinha matado alguém. A influência nele realmente o forçou a matar alguém. Eu não poderia acreditar. Quando Diana me soltou de seu encantamento, eu cai para minhas mãos e joelhos, arfando por ar.
Diana: Esconder isto valeu a pena? O precioso orgulho dele verdadeiramente valeu a vida de um de meus homens?!
Eu fechei meus olhos, sabendo quão errado essa situação era. Matthew estava tentando. Ele estava lutando para lutar o que quer que estava tomando controle dele. Ele precisava fazer isso sozinho. Entretanto, antes que eu pudesse pensar em responder, James e Sam ficaram na minha frente, bloqueando-me de Diana.
James: Perdoe-o, Diana. Ele não estava em controle de si mesmo—
Diana: E agora VOCÊ está o defendendo?!
Sam: Cale a porra da boca! Você não entende o que ele passou!
Diana: E eu não me importo! UM DE MEUS HOMENS ESTÁ MORTO POR CAUSA DELE! Controlado ou não, foram as mãos dele que tomaram sua vida. Nenhuma quantidade de orgulho pode justificar isso!
Os irmãos se silenciaram enquanto eu absorvia tudo. Matthew tinha matado alguém, os irmãos entenderam, e Diana tinha essencialmente sido traída... Parte de mim gritou que isso era tudo minha culpa. Eu não abri minha boca para consertar isso. Eu não deixei ninguém saber o que Matthew estava passando. Entretanto, Matthew estava desesperado para fazer isso ele mesmo... embora falhou no final. Eu abaixei minha cabeça ao chão, rangendo meus dentes e tentando me impedir de chorar. Carrie e Twila correram para meu lado, envolvendo seus braços por mim numa tentativa de me confortar, mas eu não pude sentir nada além de desespero pelo o que estava acontecendo.
-Peça desculpas à Diana.
-Não peça desculpas. {+Matthew}
Apesar de tudo, entretanto, era minha escolha. Eu confiava em Matthew e queria ajudá-lo de qualquer forma que pudesse. Ele era o homem que eu amava e se eu não confiasse nele, então eu verdadeiramente não poderia merecer seu amor. Eu agarrei o chão e encarei mais uma vez Diana, vendo-a me encarar em expectativa.
Mika: Eu sinto muito pelo o que aconteceu... mas eu NÃO sinto muito por esconder.
Diana: ...
Eu a senti encarar levemente a mim, mas eu deixei a sensação rolar por minhas costas. Eu escondi porque o amava e acreditava nele. Essa era uma terrível circunstância, mas eu tinha que tentar e acreditar nele.
Mika: Matthew queria ser autossuficiente. Ele queria parar de ter seus irmãos virem e o salvarem e se você não consegue ver por que ele precisava fazer isso, então você precisa abrir seus olhos.
Silêncio tardou no recinto enquanto Diana continua a furar seus olhos em minha alma. Por fim, Diana soltou um suspiro irritado.
Diana: Basta. Nós precisamos descobrir como quebrar este aperto que o Lorde Demônio tem nele.
Todos no recinto pareceram concordar. Eu esfreguei meu rosto e lentamente me levantei, concordando também e agora pronta para consertar o que tinha acontecido.
Diana olhou para os guardas por sobre seu ombro e latiu ordens.
Diana: Uma cadeira, um balde de flores doces, e uma faca.
Os soldados assentiram e saudaram sua rainha antes de saírem correndo. Diana balançou sua cabeça e colocou sua mão na barreira.
Diana: O que na terra poderia ter deixado o controle tão forte?
Damien: A mãe dele.
Todos olharam para Damien, vendo-o olhar intensamente ao seu irmão caído com preocupação.
Damien: Eu posso ouvir a voz dela, implorando que ele acorde. Ela continua se desculpando por fazê-lo fazer o que ele fez...
Erik: Então a mãe dele é a culpada?
Diana: Não. O Lorde Demônio ainda é aquele que o fez fazer o que ele fez. A mãe era uma fraqueza dele e apenas amplificou seu controle...
Diana zombou ao corpo inconsciente de Matthew quando os soldados de antes voltaram correndo e colocaram a cadeira ao lado dela e o balde ao lado da cadeira. Diana lentamente se sentou e cruzou suas pernas, estendendo sua mão e sentindo uma faca sendo colocada nela por um terceiro guarda.
Diana: Nós precisamos descobrir como bloquear a mente dele do controle do Lorde Demônio. Uma vez que fizermos isso, nós podemos tentar e dissipá-lo enquanto o poder do Lorde Demônio não está usando a energia de Matthew...
Pegando uma fruta roxa com a forma de um pêssego da grande cesta, Diana começou a descascá-la e cortá-la, revelando um centro negro. Entretanto, seu foco permaneceu em Matthew.
Diana: Isso me tomará algum tempo, mas eu acho que consigo.
James: Você tem certeza?
Diana: Eu tenho. Todos podem ir e dormir.
Todos lentamente assentiram e começaram a sair do recinto. Eu, entretanto, fiquei parada, não querendo deixar Matthew sozinho. Quando Diana me notou, ela encarou suavemente.
Diana: Vá para seu quarto e descanse. Eu chamarei você se algo acontecer.
Suas palavras eram venenosas, avisando-me da fina linha que eu estava atravessando. Quando ela colocou um pedaço de fruta em sua boca, eu concedi derrota e saí do recinto, encarando Matthew em completa preocupação antes de sair. Naquela noite, eu dormi sozinha. Eu estava cheia de diferentes emoções: preocupação, tristeza, raiva, traição, horror. Tudo misturou e dançou dentro de mim quando eu soltei um pesado suspiro. Essa seria uma longa noite.
Esse é o fim da parte 7. Até a próxima! :)

Comentários

As Traduções Mais Lidas da Semana ♥